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SANDY




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SÃO PAULO - Mais centrada nos cuidados com a vida pessoal, Sandy Leah se diz agora uma pessoa mais voltada para a vida familiar, seu casamento com Lucas Lima, e, aos poucos, vem se lançando como cantora solo, resultado que pode ser conferido em seu primeiro trabalho sem o irmão Júnior Lima.

Na coletiva de imprensa para divulgar “Manuscrito”, um disco introspectivo - define Sandy – realizada em São Paulo na tarde de terça-feira (27), a cantora falou bastante a respeito da nova fase, focada em uma Sandy cada vez mais caseira.

“Estou aprendendo a cuidar da casa agora; aprendendo a administrar um lar, o que não é uma coisa simples para quem sai da condição de filha, onde tudo é fácil, e vai para a condição de dona de casa”, disse.

A mudança, porém, não a assusta. Pelo contrário: entusiasmada com as recentes responsabilidades que adquiriu, a nova Sandy descobriu um estilo de vida que não conhecia, e que a tem agradado e até contribuído para seu lado profissional.

Imagem: AgNews

“Eu me acostumei rápido até. Estou curtindo muita a vida de casada, gosto de ser dona de casa, gosto de dar atenção para minha vida pessoal, e esse processo foi fundamental para um amadurecimento, novas descobertas, autoconhecimento”, comentou Sandy.

Para um trabalho mais intimista foi essencial essa vivência dentro de casa para realizar um álbum que categorizou como autoral. Ou algo, em suas palavras, que “refletisse minha personalidade, minha identidade musical”. “Manuscrito” traz Sandy totalmente mergulhada nesta nova identidade.

Com influências de vão do pop britânico, como Coldplay, contemporâneos como James Rice e KT Tunstall, até divas clássicas como Ella Fitzgerald, a cantora quis fazer um álbum despretensioso, para se divertir. “Ouço o disco e fico satisfeita”, afirmou. E parece que é isso mesmo que importa, já que não consegue nem mesmo traçar um perfil do que será seu "novo público". “Eu quero o público que me quiser, embora sei que terá um público novo, e um que vem do meu trabalho com meu irmão”, declarou.

REGINA DUARTE




FAMOSIDADES - Você viveu 45 anos de uma carreira que se entrelaça com a história das novelas no país. Como você lida com todo o reconhecimento como atriz, desde o título de "Namoradinha do Brasil"?

REGINA DUARTE - Gratidão é a palavra que melhor define meus sentimentos quando me dou conta de que, em 2010, completo 45 anos de carreira. Comecei na TV Excelsior em 1965. Trabalhei muito, fui responsável e apaixonadamente disciplinada em meu trabalho. Sei disso, mas sou imensamente grata por todas as chances que me foram dadas pela vida.  Agradeço a produtores, autores, diretores e colegas de profissão que acreditaram em mim, me apoiaram e permitiram que eu pudesse viver personagens da maior grandeza na TV, no teatro e no cinema.

Depois de atuar em 34 novelas ainda existe nervosismo?

Sim! Cada novo trabalho é um novo desafio a ser vencido, uma página em branco a ser preenchida da melhor maneira. Cada estréia envolve sempre prazer e stress.

Em sua opinião, quem seria a nova "Namoradinha do Brasil"?

Estou de acordo com a nova "Namoradinha” que o público possa escolher porque acho que a opinião da maioria é soberana. Agora, como “Namoradinha do Brasil” até hoje, não me peçam pra votar na nova "Namoradinha"! Não estou passando a faixa, não! Pra isto acontecer, sou a favor, claro, mas só de forma compulsória, por aclamação de maioria!

Qual a personagem mais importante da sua carreira?

Todas foram importantes. Mas acho que a Porcina é a mais querida do público. Viva Porcina!!!

Que personagem você teve mais dificuldades em largar ao término de uma novela?

Malu Mulher foi uma separação difícil. Eu estava recém separada e me apoiava muito nela pra entender meus conflitos. Helena, de "História de Amor", do Manoel Carlos, também deixou uma lacuna grande, eu adorava fazer aquela novela!

Alguns veículos divulgaram a notícia de que você teria aceitado o convite para ser a beata Pombinha no filme “Roque Santeiro”.  É verdade? Como é voltar para esse universo 25 anos depois?

É verdade. Fiquei feliz ao ser convidada prá participar do filme, embora o convite não tenha mencionado que papel eu faria. "Roque Santeiro" é uma obra prima da dramaturgia brasileira. Fala de um Brasil que conhecemos num tom crítico, mas sem perder o humor, tem imensa empatia com o público. Além disso, pra mim será uma honra, um grande prazer voltar a trabalhar com Daniel Filho, diretor que já me ensinou muito e a quem admiro demais.

Sente alguma pontinha de ciúme ao ver outra atriz na pele da viúva Porcina?

Não, sinceramente. Torço pra que ela se divirta tanto interpretando a personagem como eu já me diverti.

Você deu vida a três Helenas do autor Manoel Carlos. Em sua opinião, porque a Helena de Taís Araújo não funcionou? O que faltou para a personagem?

O público foi levado a criar uma expectativa extraordinária em relação ao trabalho da Taís. A meu ver, o que faltou foi, simplesmente, ela ter outro nome na novela. A Taís é competente, super linda, profissional de primeira. Em “Viver a Vida”, na minha modesta opinião e baseada nas Helenas que já interpretei, a Helena de verdade é a personagem que o autor chamou de Tereza, magnificamente interpretada pela Lilia Cabral.

Mudando um pouco de assunto, você contou em uma entrevista que todas as suas experiências com separação foram péssimas. Aprendeu a dizer adeus?

Não conheço ninguém que tenha passado sem sofrimento pela falência de uma relação, por uma separação. Quando a gente se apaixona quer que aquilo dure para sempre. Constatar que o sentimento se esvaziou e que a convivência se tornou inviável é sempre doloroso. Não é nada fácil dizer adeus.

Você disse também que foi muito difícil pra você dizer não aos seus filhos. Como você venceu essa permissividade?

Venci? Não sei. Desde que fiquei grávida pela primeira vez passei a buscar na literatura tudo que fosse possível sobre como educar bem os filhos. As teorias sobre como estabelecer limites, como ter certeza do momento de dizer e manter um “não”, como dar amor e segurança na medida certa. Tudo isto faz o maior sentido no papel, é lindo. Só que para uma mãe que trabalha fora como eu fiz a vida toda, o problema fica mais complexo. Quando podia estar com meus filhos eu só queria que eles fossem felizes! Precisávamos curtir ao máximo a possibilidade de estarmos juntos sem restrições. Hoje, mais vivida, eu mudaria alguns comportamentos, mas agora eles já cresceram e estão bem, olha só que coisa boa! Fica pra próxima.

Depois de ser avó, o que mudou na sua vida?

Tem um novo espaço aberto no meu coração (e na minha agenda) para saborear ao máximo a companhia dos meus netos. É um aprendizado de vida, uma injeção de fé no ser humano, uma possibilidade fantástica de renovar as energias.

Você gosta de ser famosa? Em algum momento a fama te atrapalhou?

Ser famosa é uma consequência do amor que tenho dedicado ao meu trabalho. Na minha profissão isto faz parte da busca e manutenção do sucesso, eu sempre soube disso. Fui aprendendo a conviver com os prós e contras da minha condição de profissional exposta ao afeto, à inveja e à curiosidade pública.

É mais difícil ser famosa hoje do que há 30 anos? Por que?

Ser famosa é sempre uma moeda de duas faces. É difícil, sim, perder a privacidade nos momentos em que se está triste, desejando ser invisível, mas ao mesmo tempo é uma posição buscada, batalhada, tem relação direta com os objetivos a serem alcançados no trabalho para conseguir sucesso. No meu tempo não era de bom tom uma moça “ser artista”, éramos poucas, as aventureiras. Acredito que a manutenção da fama hoje só se consegue com um longo trabalho consistente e de qualidade.

Você tem um blog. Costuma navegar muito? Qual é a sua relação com a internet?

Tenho um blog, sim, e escrevo com relativa frequência. Não costumo ficar navegando na internet, não tenho Twitter, não tenho Facebook. Tudo que anda rolando por aí é falso. E feito por gente que faz de mim uma imagem debilóide, não tem nada a ver. É de péssimo gosto, um horror.

Em 2002, você afirmou ter medo do atual Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse medo passou? E da Dilma Roussef, você também tem medo?

A fase do medo já passou faz tempo. Hoje temos Instituições fortes no país, construídas por um povo trabalhador, ordeiro, de boa fé. Mas, ainda, acho que é preciso estarmos atentos para denunciar e combater a corrupção, sempre defendendo valores como a liberdade de expressão, por exemplo. Nossa democracia precisa ser vivida e defendida com o maior respeito.

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

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